A halitose – também conhecida como “mau-hálito” – é o odor desagradável proveniente do ar exalado pela boca. A sua origem pode advir do resultado de uma má higiene bucal, de um alimento com cheiro forte que tenha ingerido ou de um problema de saúde, geralmente relacionado com o seu sistema digestivo.
Para percebermos melhor o que é a halitose, poderemos classificá-la – segundo o Instituto do Hálito, em Espanha – das seguintes formas:
Genuína: Claramente identificável como um odor desagradável, mais forte que o normal.
Persistente: Sintoma patológico que afeta consideravelmente a vida da pessoa sofredora.
Imaginária: Quando se sente o mau odor apesar de inexistente.
Transitória: Fisiológica, por norma matinal, que ocorre nos lados da língua e não requer tratamento médico.
Quer queiramos, quer não, a halitose é a causa de efeitos negativos que podem afetar a sua vida, independentemente da origem do problema. De tal forma que, por vezes, o mau cheiro que sai da sua boca poderá levar outros à rejeição da sua pessoa.
Estamos a falar de uma condição que certamente afetará a sua vida pessoal, social e profissional podendo tornar-se num problema sério, de extrema importância, tendo um impacto direto na sua autoestima e abalando a sua confiança.
Claro que poderá tomar provisões ao distanciar-se das pessoas em redor, cobrir a sua boca, comunicar por gestos e sinais, evitar lugares pequenos, enfim. No entanto, por mais mecanismos que arranje, nada será suficiente pois, o mau-hálito, tem consequências bastante negativas que afetam todo o seu ambiente.
Efeitos psicológicos
Um estudo realizado pelos investigadores do Instituto do Hálito determinou que as pessoas que sofrem de halitose apresentam alguns comportamentos diretamente relacionados com o mau-hálito. Vejamos alguns deles:
-Irritabilidade, mau-humor e nervosismo – que desencadeia uma reação psicológica à insegurança.
-Stress, ansiedade, depressão e baixa autoestima – sente falta de confiança e, consequentemente, torna-se uma pessoa mais retraída.
-Halitofobia – ou seja, uma personalidade obsessiva em escovar e cuidar dos dentes (por não aceitar a sua condição).
Seja para os especialistas da medicina dentária, seja para os de estomatologia, a halitose deve ser classificada de “importante” devido às implicações que acarreta na vida das pessoas que dela padecem.
Efeitos sociais
São inegáveis as consequências que o mau-hálito poderá trazer, fazendo com que se afaste do seu círculo social mais próximo e evite socializar com outras pessoas ao ponto de diminuir o contacto íntimo. Entre outros, a halitose poderá, inclusivamente, causar ataques de pânico e, sendo um assunto tabu, as pessoas ficarão inibidas de falar sobre o seu mau-hálito.
Efeitos laborais
Lembre-se que, se sofre de halitose e não tratá-la com especialistas, poderá ter consequências no seu ambiente de trabalho ao ponto de poder perder uma oportunidade de promoção.
Não só afeta os seus relacionamentos interpessoais – dificultando a sua interação com os outros e o trabalho em equipa – como aumenta a sua intolerância e rejeição pelos seus colegas de trabalho.
Efeitos na saúde
Sendo que um mal nunca vem só, para além das consequências acima mencionadas, a halitose poderá indicar um problema de saúde maior. Visite o seu médico dentista para verificar a saúde dos seus dentes e gengivas ou consulte um especialista para determinar se a causa do mau-hálito está relacionada com algum problema no sistema respiratório ou digestivo.
É imperativo atacar essa condição a tempo e conseguir livrar-se dela o quanto antes. Vá ao seu médico prontamente e ajude-o a descobrir as causas da sua halitose para que não sofra mais.
Dicas para evitar o mau-hálito
Embora as consequências da halitose afetem-lhe a vida em todos os aspetos, não desespere. Tenha em conta algumas dicas que poderão ajudar à eliminação definitiva do mau-hálito:
1. Vá ao seu dentista
Deverá, sem dúvida, visitar o seu dentista a cada seis meses para um exame da sua saúde bucal. Aqui – e em caso de necessidade –, poderá fazer uma limpeza dentária profunda como curar as cáries (se houver), remover tártaro e placa bacteriana, entre outros. É possível que a halitose seja provocada por algumas destas doenças e, ao curá-las, elimina as bactérias e germes que causam o mau-hálito.
Não se esqueça que o seu dentista é o profissional certo com quem deve partilhar estas preocupações. Depois de avaliar os seus dentes, gengivas e língua poderá descartar todos eles como causa da sua halitose e chegar à conclusão que o melhor é encaminhá-lo para um especialista noutra área médica.
2.Escovagem, fio e elixir bucal: os seus melhores aliados
É extremamente importante que dedique tempo aos seus dentes. Para que possa remover corretamente a sujidade deve fazer uma escovagem de, pelo menos, dois minutos. O intuito é arrastar os restos de comida que poderão acumular-se entre os dentes e na área perto da gengiva para evitar a placa bacteriana e o tártaro.
Idealmente, após a escovagem, deverá utilizar um fio dentário para remover o que a escovagem não removeu entre os dentes. Uma passagem por todas as uniões dentárias garante-lhe a limpeza e, assim, a eliminação dos odores produzidos pela decomposição de alimentos na sua boca.
Por fim, nada como um bom elixir bucal. Muitos dentistas recomendam o uso de clorexidina devido às suas propriedades antisépticas e anti-bacterianas. Não só elimina micróbios, germes e o mau-hálito como também cura feridas presentes na boca e branqueia os dentes.
3.Uma boa dieta liberta-o do mau-hálito
Acima de tudo, coma bem. Já sabe que a cebola e o alho são alimentos de sabor forte e deixam-lhe a boca impregnada de aromas fortes. É importante que consuma alimentos que não alterem o PH ideal da boca a fim de ter um hálito bom – para além de dentes e gengivas saudáveis.
Evite comer alimentos demasiadamente condimentados, bebidas alcoólicas e café.
Recomendamos também que faça refeições de 4 em 4 horas. O jejum por longos períodos faz com que os sucos gástricos produzam mau-hálito.