Sabem aquele prazer de rever uma pessoa que já não víamos há vários anos? Acontece-me com frequência…
Há uns dias recebi uma paciente antiga minha, que já não vinha à minha consulta há 12 anos. Uma Mulher forte, com um sucesso profissional enorme. Para além do medo do dentista (quem não?…), a sua vida profissional levou-a para vários países ao longo do anos e necessitou de ir ao dentista em locais tão diferentes como Barcelona, Itália, Grécia, Egipto, entre outros.
Foi remediando as situações.
Agora que sente que tem um problema sério e precisa de uma solução de confiança para colocar Implantes dentários, voltou a “casa”. Para junto de quem sente que lhe pode dar a ajuda e o apoio que precisa neste momento de vulnerabilidade.
E vai tê-la! Pois essa é parte mais importante do que fazemos no nosso dia-a-dia… Cuidar verdadeiramente das pessoas.
Ao longo dos meus 21 anos de prática clínica, tenho visto muitos casos destes. Pessoas que “desaparecem” durante ano a fio, por vários motivos, seja porque mudaram de residência, porque procuraram soluções mais baratas, porque foram a clínicas com acordo com o seu seguro saúde, porque simplesmente se desleixaram ou acharam que não tinham nenhum problema e que por isso não precisavam de vir à consulta, etc.
Eu não julgo ninguém. Cada um sabe da sua vida.
O que é engraçado e na realidade me dá um certo “gozo”, é perceber que quando as pessoas sentem que verdadeiramente têm um problema sério, voltam a procurar o Dr. Pedro…
Quem lhes resolveu os problemas no passado. Quem olhou para elas como pessoas e não como dinheiro em caixa.
Em quem elas confiam…
E dá-me gozo também ver que habitualmente os melhores tratamentos que têm em boca (e os que ainda duram…) são os que eu fiz há 10, 15 ou mais anos atrás…
Porque a melhor medida da qualidade do meu trabalho é o Tempo…
No curto prazo qualquer coisa resulta. Bem feita ou mal feita, tudo resulta. Mas a longo prazo já é outra história…
É por isso que eu gosto tanto de rever os meus pacientes mais antigos. Não só porque criamos uma relação e as vidas mudam ao longo de 20 anos (quantos pacientes se recordam do nascimento da Constança, a minha primeira filha… e ela agora já tem 12 anos e eu tenho outros 2…) e é giro acompanhar a evolução das vidas das pessoas.
Mas também por alguns motivos interesseiros…
Ver a durabilidade e qualidade do trabalho que eu tanto gosto de fazer diariamente.
Sentir prazer por perceber que, mesmo há tantos anos atrás, quando sabia muito menos do que sei hoje, sempre me esforcei por fazer as coisas bem.
Receber o reconhecimento e a confiança das pessoas, muitas vezes famílias inteiras, durante tantos anos.
É a parte mais bonita daquilo que faço todos os dias… e vou continuar a fazer com muito prazer!
Até breve!